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Foto do escritorIvan Eugênio

Conversa com o gestor: PORD11


Em uma excelente hora batemos um papo com Mariano Andrade, da Polo Capital. Mariano é graduado em Engenharia Civil pela PUC-Rio e pós-graduado em Finanças pelo IBMEC. Com experiência de 25 anos tendo passado por bancos, family office e gestora de recursos, atualmente integra a equipe da Polo Capital desde 2011 sendo o sócio responsável pela gestão dos fundos de crédito, dentre eles o PORD11.


A Polo Capital é um grupo independente de gestão de recursos, sediado no Rio de Janeiro. O grupo foi fundado em 2002 e iniciou operações de seus primeiros produtos em 2003. A Polo Capital gerencia recursos de clientes em diversos mandatos líquidos e ilíquidos. As estratégias líquidas incluem Event-Driven e Macro, enquanto os produtos ilíquidos englobam Crédito Privado, Real Estate e Special Situations. Os produtos da Polo Capital objetivam performance diferenciada, investindo recursos em segmentos do mercado onde a firma possui uma vantagem competitiva tangível e/ou onde há escassez de recursos, e portanto pouca competição. O foco é na geração de valor no longo prazo.

A Polo iniciou suas atividades com fundos abertos, tendo várias estratégias em seu portfólio. Atualmente, quatro são as estratégias principais da gestora: event-driven, ações, macro e crédito privado. Além dos fundos abertos, a gestora tem o PORD11, o fundo imobiliário que conheceremos mais aqui.


Divergindo dos demais fundos de CRI's, o PORD11 pode investir também em debêntures, que podem em momentos oportunos do mercado ter taxa mais atraentes do que um CRI. Outro diferencial do FII PORD11 é que a Polo Capital tem a sua própria securitizadora, originando e estruturando o seu próprio CRI, sem cobrar taxas para tanto, trazendo com isso um melhor retorno para seus cotistas.


No início deste ano o fundo mudou sua estratégia de distribuição, passando a distribuir rendimentos mensalmente. Antes, como o fundo era focado em atender um family office, era mais interessante para esse cotista a distribuição semestral. Contudo, para trazer mais cotistas para o fundo, optaram por realizar a mencionada alteração.


Atualmente, o fundo tem duas estratégias. A CORE, uma estratégia focada em CRI's corporativos e pulverizados. Já a estratégia SATÉLITE temos traders de debêntures, trades com FII's, trades com loteamentos e CRI sem garantia, tudo com sua devida limitação no regulamento.


Após a última emissão, o fundo ainda tem um caixa que representa aproximadamente 25% do patrimônio líquido do fundo. No estudo de viabilidade, o valor captado deveria ser investido entre 4 e 6 meses. No entanto, ressalva que o caixa já está todo comprometido em operações que serão realizadas até dezembro deste ano.


Atualmente, a demanda para crédito é grande, mas o gestor ainda não tem neste momento uma nova emissão em vista. Interessante destacarmos que muitas companhias estão mais interessadas em buscar crédito através de CRI's do que em bancos.


O sistema de originação da Polo Capital busca abranger todo o mercado, essas originações são direcionadas para fundos da própria gestora, podendo também haver a participação de terceiros. No entanto, vislumbrando uma boa operação originada e estruturada por outras instituições, o fundo pode sim investir nela.

Com a baixa da taxa de juros, percebemos que muitos investidores estão tendo interesse por fundos de recebíveis imobiliários, até mesmo pois os fundos de tijolo estão oferecendo um rendimento muito baixo e, ainda, qualquer incerteza ligada a inflação e CDI o fundo de recebíveis acompanha com celeridade esses índices, o que não acontece com os fundos de tijolos, que podem ou não acompanhar no longo prazo.


Na visão de Mariano, é interessante realizar uma operação com um menor prêmio se tiver proteção contra deflação, sendo importante estarmos sempre acompanhando as expectativas do mercado. Qualquer operação originada pelo fundo tem que ter "uma gordura de spread" para aguentarmos uma duration mais longa.


Para o curto prazo, Mariano acredita que a curva de juros já está bem esticada, sendo que o risco mais latente que o mercado interpreta é o risco fiscal, especialmente devido aos gastos neste período de pandemia.


A Polo Capital redesenhou o fundo imobiliário, fazendo com que ele caísse no gosto dos investidores. E Você Investidor, tem o PORD11 em sua carteira de investimento?



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