Saiba tudo sobre o VRTA11 e como deve ser a sua composição após a emissão. O gestor Rodrigo Possenti explica para o cotista.
Rodrigo é o gestor do FII VRTA11, onde atua desde abril/2019. Formado em Ciências Econômicas pela PUC-SP, o entrevistado conta com ampla experiência em originação e distribuição de CRI's, tendo trabalhado quase 10 anos na Companhia Brasileira de Securitização (CIBRASEC), também tem em seu currículo passagens nos bancos Citibank e Santander.
Há tempos Rodrigo tem proximidade com o VRTA11, sendo que muitos CRI's que compõe o portfólio foram originados pela CIBRASEC.
Destaca o crescimento do mercado ao longo dos anos, narrando que quando ingressou na CIBRASEC em 2010, operações de 5 anos eram vistas com maus olhos, hoje já estamos vendo operações projetadas para 20 anos.
A cultura do brasileiro adora os imóveis como ativos geradores de renda e, para Rodrigo, a melhor forma de investir em imóveis é através de fundos imobiliários, acreditando que ao longo dos anos teremos a mesma quantidade de investidores em FII's e ações no Brasil.
Rodrigo deixa claro que um dos principais momentos para a gestão é a escolha de qual CRI incluir no fundo. Deixando claro que a sua intenção não é fazer trade de CRI, mas sim adquirir o ativo e permanecer com ele ao longo dos anos.
Após a escolha inicial do CRI, o acompanhamento é o segundo pilar do gestor de fundos de CRI's. Ainda mais agora com a crise, tem CRI com acompanhamento semanal, sendo necessário uma proximidade com a securitizadora para o acompanhamento ideal.
No momento atual, o gestor está analisando novas securitizadoras que estão atuando no mercado neste momento atual. Destacando a importância dessas empresas para um fundo de CRI. É extremamente importante para um fundo de recebíveis imobiliários, não podendo ser confundida como uma mera prestadora de serviços.
Nessa nova oferta, Rodrigo aponta que apesar de não estar ocorrendo uma alocação no tempo que desejava, tem conseguido entregar para o cotista o rendimento target.
Com o início da pandemia, tivemos um aumento maior de pré-pagamento de CRI's, o que aumento o valor a ser alocado pelo Gestor. No entanto, garante Rodrigo que está buscando a melhor alocação, realizando uma mescla em CRI's high grade e high yield, sendo que atualmente o fundo está mais maduro para receber ativos high yield em sua carteira.
Interessante destacarmos que o VRTA11 é um fundo mais antigo no mercado, mas que vem evoluindo de acordo com o mercado atual, pagando boas rentabilidades. Veio a queda dos juros e os CRI's ligados a CDI acabaram sofrendo mais, por isso, para manter o rendimento com a mesma qualidade de antes, a parcela de high yield tem aumentado.
Com relação a taxa ideal, nível de subordinação, índices preferidos, Rodrigo destaca que não existe uma regra, variando caso a caso, de acordo com o risco de cada operação.
O balanceamento de índices na carteira é extremamente importante para o fundo, desta forma conseguimos surfar todos os momentos bons do mercado e reduzir os riscos específicos de cada índice.
Não sei vocês, mas para mim, essa foi uma entrevista excelente, onde Rodrigo deixou claro o que esperar de sua gestão e como deve ser o desenho futuro do fundo.
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