Dedicamos nosso último artigo à diversificação e a sua importância para todos os portfólios. Daremos, portanto, continuidade ao tema, apontado que diversificação não deve se limitar tão somente ao número de ativos, mas também à classe de ativos.
Daí entra a pergunta: ter ou não ter renda fixa neste período em que os juros estão no menor patamar histórico?
Não podemos ignorar que cada ativo tem a sua função dentro de uma carteira de investimento e, ao analisarmos a carteira de investimentos de muitos investidores renomados, vamos observar um espaço dedicado à renda fixa pré e pós fixada.
A renda fixa, além de trazer certa previsibilidade de rendimentos futuros, reduz a volatilidade da sua carteira. Sim, ela “prejudica” nas altas da bolsa, mas, de outro lado, protege nas quedas.
Daí partimos para outro questionamento: o quanto ter de renda fixa?
Não tem receita de bolo aqui não. A sua exposição à renda variável e, consequentemente, à renda fixa tem de ser exatamente aquela que te deixa confortável.
Mas está bem, vamos apresentar uma receita de bolo! Já conhece a Regra dos 80?
A regra dos 80 tem alguns pilares que sustentam a teoria. Quanto mais novo, mais tempo de vida temos, o que faz com que estejamos dispostos a maior exposição ao risco. O investidor novo, em teoria, tem um menor capital investido, fazendo com que a volatilidade do mercado não lhe cause tanto “prejuízo” em valor nominal.
Portanto, a regra dos 80 estabelece que o percentual exposto a renda variável deve ser exatamente o número 80 menos a sua idade. Desta forma, um recém nascido deveria ter 80% de seus investimentos em renda variável e 20% em renda fixa. No mais caso, aos 34 anos, deveria ter de acordo com a regra 46% em renda variável e 54% em renda fixa.
Eu sigo essa regra? Não. Eu sigo a primeira regra que apresentei neste texto. Já esqueceu né? Então ou apresentá-la novamente: faça o que te deixa confortável. Simples assim!!!
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