A segunda entrevista da semana foi marcante, conversamos com Diego Siqueira (CGA), CEO da TG Core Asset, gestora focada no segmento imobiliário, que em conjunto com empresas parceiras compõe a Trinus Co. O entrevistado tem ampla experiência no universo de fundos imobiliários, tendo trabalhado na Opportunity e Rio Bravo após a conclusão do curso de administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Após quase dez anos trabalhando em gestoras de fundo imobiliário, Diego percebeu que havia um mercado não explorado pelas gestoras no interior do Brasil, que desse suporte para pequenos e médios empreendedores. Assim, nasceu o sonho de montar uma gestora para trabalhar em conjunto com pequenos e médios empreendedores do interior do Brasil.
Atualmente, com mais de 300 colaboradores, a Trinus Co. é a holding que controla todo o processo, já a TG Core é a gestora responsável pela gestão do FII TG Ativo Real (TGAR11).
Além do fundo imobiliário TGAR11, a TG Core tem outros fundos abertos, voltados para investidores com perfis de risco diferentes, o TG Liquidez (fundo de renda fixa - com benchmark de 110% do CDI), o TG Real (FIDC - com meta de entregar CDI + 3% ao ano) e o TG Safira (Multimercado que busca entregar 170% do CDI).
Com aproximadamente R$770 Milhões de patrimônio líquido após essa última emissão, o foco total do TGAR11 é na alocação do capital que acabou de integrar o patrimônio líquido, buscando, inclusive, entregar um retorno para os seus cotistas.
O mercado de desenvolvimento imobiliário no interior do Brasil é enorme, tendo o fundo uma condição enorme de crescimento ao longo dos anos. Diego deixa claro que esse crescimento será realizado com responsabilidade, demonstrando respeito com o dinheiro do investidor.
A gestora está sempre de ouvido abertas para seus investidores, implementando em seus relatórios os requerimentos dos investidores. Além disso, a gestora sempre foi transparente o que a ajudou a “cair no gosto do povo”.
Um dos maiores setores dentro da TG Core é o de originação e prospecção de novos empreendimentos que está sempre buscando novas operações para somar no portfólio. Sendo que em média, o fundo investe em 7% dos empreendimentos analisados.
O fundo TGAR11 tem uma parte de seu patrimônio voltada para equity e outra para CRI’s, trazendo assim uma estabilidade nos rendimentos, haja vista que os equities em fase inicial não geram caixa para pagamento de rendimentos. Hoje, 25% do PL está alocado em CRI’s e 75% em equity e, de forma híbrida, há um equilíbrio de estratégia. E é exatamente com essa estratégia que o fundo consegue entregar bons dividendos para seus cotistas.
Podemos dizer, analisando os números, que o fundo agradou muitos os investidores, com mais de 40 mil investidores e uma liquidez diária de R$3 Milhões.
No momento atual, a gestora não tem planos de criação de um novo fundo imobiliário. Toda a sua estratégia está voltada para o TGAR11.
A gestão de um fundo híbrido com características de desenvolvimento demanda um número grandes de pessoas, tendo os engenheiros responsáveis tendo que estar próximo dos projetos, não bastando a análise de dados. Para isso, a gestora tem engenheiros, pessoas com experiência prévia em vendas, advogados, contadores e outros profissionais.
Ao longo da pandemia, o fundo foi extremamente pró ativo, entendendo as necessidades de seus clientes finais, o que fez com que o fundo passasse muito bem por este período. Inclusive, há de ter uma sensibilidade muito grande neste momento em que o IGP-M está extremamente elevado, sendo viável alterar esse indexador pelo IPCA, muito menos volátil.
Um ativo que há no fundo que gera grandes discussões é o Shopping de Valparaíso. Com a última emissão esse empreendimento passa a representar menos de 5% do patrimônio líquido do fundo. Diego acredita que esse empreendimento irá gerar um grande retorno no futuro, tendo sido inaugurado recentemente no shopping um cinema, e logo mais uma academia que consegue atender até 1.200 alunos.
Inclusive, ressalta no final da entrevista que o TGAR11 não deseja mais ter um empreendimento que represente mais de 5% do patrimônio líquido, buscando ter uma carteira de investimento pulverizada.
Voltando ao assunto, Diego deixou claro que o crescimento do fundo será uma consequência do trabalho exercido por toda a gestão, por todos os colaboradores, sendo realizado com muita cautela, para não termos surpresas negativas.
E você Investidor? Fala comigo! Tem o TGAR11 em sua carteira? Está satisfeito com o retorno do fundo ao longo desses anos?
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